Luzia de Araújo Dantas nasceu em um sítio do município de São Vicente, na região do Seridó, em 1937. Cresceu nesse sítio e dizia que nunca frequentou a escola, tendo estudado apenas em casa.  

Ainda menina, começou a esculpir na imburana, madeira particularmente fácil de se entalhar, fazendo bonequinhas e pequenos animais para brincar. Com o tempo, seu trabalho foi sendo conhecido e ela passou a receber encomendas de ex-votos, imagens religiosas e cenas regionais, como vaquejada e casa de farinha. Em 1962, foi tema de uma grande matéria publicada na imprensa de Natal, que a revelou ao grande público.

A partir daí, o sucesso foi num crescendo e ela tornou-se referência da arte popular potiguar. Em 1973, mudou-se para Currais Novos, a fim de melhor atender à clientela, que vinha de todas as partes. Em 2007, através de Lei Estadual, ganhou o título de Patrimônio Vivo do Rio Grande do Norte, reconhecimento máximo pela importância de sua obra. Apesar do triunfo, continuou vivendo simplesmente e trabalhando, até falecer em fevereiro de 2022, aos 85 anos.

Essa mostra apresenta a maioria das peças de Luzia Dantas que fazem parte do acervo do Museu Câmara Cascudo. A coleção, constituída desde a década de 1960, permite conhecer a arte da escultora popular em toda sua plenitude, dando a admirar seu talento extraordinário para transformar a madeira em obras de grande sensibilidade e detalhamento, que reproduzem diferentes temas com um mesmo sentido de equilíbrio, harmonia e beleza.

 

EVERARDO RAMOS e JAILMA MEDEIROS

Curadores

Ficha técnica

Curadoria: Everardo Ramos e Jailma Medeiros

Fotografia: Alexandre Santos e Cícero Oliveira

Mobiliário: Olavo Bessa e Daniel Cavalcanti

Design de ambiente: Olavo Bessa

Produção Cultural: Étore Medeiros

Design gráfico: Ana Paula Resende

Museologia: Gildo Santos, Jacqueline Silva

Comunicação: Iano Flávio Maia, Rebeca Oliveira e  Richardson Souza

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